segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Das piores coisas que se pode fazer em casa dos outros

Parti um galo de Barcelos em casa de uma amiga. Epá não sei bem como, mas eu estava-me só a aquecer na lareira e virei-me de repente e aquela merda estatelou-se no chão e partiu-se em três: corpo, cabeça e cu.

Entretanto vou dizer à mãe dela o acontecido e pedir-lhe desculpa. A amiga lá explica o acontecido, eu peço desculpa e a senhora (e o resto da família que lá estava) não levam a mal e quase não dão importância à situação. 
Eu, à entrada da sala, digo para a amiga:
- Eu acho que a tua mãe não percebeu bem...
Espreito para a sala e digo:
- Olhe, mas eu parti-lhe o galo!!

Desatou tudo a rir. Não sei, o meu tom de voz foi mesmo do género "oh senhora mate-me já, que eu parti-lhe a merda do galo e isto é coisa para haver uma execução em praça pública!"

9 comentários:

Anónimo disse...

Se fosse há uns 20 anos, convidava-te para vires cá a casa passar um fim de semana, em regime de pensão completa, para me partires um cabrão dum peixe que a minha mãe me tinha oferecido.
A sério, o peixe era tão foleiro, que o meti em cima da máquina de lavar a ver se ele caía com os solavancos. Pois a merda da máquina abanava pra catano e o peixe andou ali anos e anos, até eu um dia me descuidar de propósito e atirar com ele ao chão.
Claro que escondemos o acidente até podermos, com receio que a minha mãe fosse a correr comprar um substituto. xD

Estudante disse...

O que mais há são galos de barcelos, deixa lá :P

Anónimo disse...

Olha, desculpa incomodar, mas depois de comentar, resolvi contar a história completa do peixe e como duvido (tenho a certeza, vá) que vás ao meu blog, resolvi partilhar contigo, já que foste assim uma espécie de musa inspiradora. :)

Estava a ler esta história e a lembrar-me de um episódio que se passou há uma porrada de anos, com um peixe que a minha mãe achou que ficava bem na minha casa.
Eu acho que devia haver uma lei que proibisse a oferta de cenas "decorativas" para casa. Estão a ver nos casamentos e até nos aniversários, um amigo ou familiar aparecer com uma merda que não tem nada a ver com o estilo da decoração, ainda que o estilo seja como o meu, sem estilo nenhum? É que as pessoas gastam o dinheiro em porcarias e depois nós temos que ter as porcarias expostas, não vão eles aparecer lá em casa e ficarem ofendidos por termos o objeto arrecadado no baú dos trastes.


A história do peixe, que contei resumidamente no comentário à Patrícia, foi uma coisa que se prolongou por muitos anos. Ao princípio tínhamos o peixe num canto da despensa e quando pressentíamos que a minha mãe ia lá a casa, a Bela ia a correr metê-lo na bancada da cozinha. Mas com o nascimento da minha filha, a avó de vez em quando dava-lhe na mona e aparecia de repente e então decidimos meter o peixe em cima da máquina de lavar roupa, que estava na marquise anexa à cozinha, sem bancada por cima, na esperança que ele se baldasse da máquina abaixo.
Qual quê? O cabrão do peixe parecia um "sempre-em-pé" e nem quando a Bela metia tapetes a lavar e a máquina dava coices que nem uma mula, nos conseguimos livrar de tal presente. Um dia ainda deu um tombo, mas não chegou a cair ao chão e como já era "lindo", depois do pequeno incidente ficou com o "nariz" esmurrado e só não o deitei para o lixo, porque a Bela tem este feitio apaziguador e, apesar de detestar o peixe tanto ou mais do que eu, dizia:
- Coitada da "senhô Maria", ela tem tanta vaidade no peixe, que quando vem cá a casa, os olhos dela não sossegam enquanto não descobre onde é que ele agora para. Deixa lá o peixe, as visitas nem vão à marquise e a velhota fica feliz de ver que nós também o "amamos".
Mas eu sou um bocado embirrante e quando não gosto duma coisa, parece que ando sempre a tropeçar nela. A casa onde nós morávamos na altura era uma merda, parecida aos apartamentos no Cacém, que o "Sócras" vendeu por 175 mil Euros ao amigo e a marquise onde tínhamos a máquina era assim uma espécie de casa de arrumos. No lado oposto à máquina tínhamos um armário onde eu guardava ferramentas e vinho e quando precisava de fazer algum biscate, servia-me do tampo da máquina como bancada e, "tasse mesmo a ver" que o sacana do peixe, alem de feio, mesmo ali era um estorvo. Tanto me estorvou, que um dia o biscate não me estava a correr bem e o peixe é que pagou as favas. Levou um piparote que se foi desfazer em cacos no meio da cozinha.
A vida dá muitas voltas e na altura a minha mãe já estava velhota, custava-lhe a andar e com a neta no preparatório, deixou de vir buscá-la para a escola. Costuma-se dizer que o mal de uns, é o bem de outros e assim nós conseguimos esconder o "acidente" pelo tempo necessário a fazer o luto sem corrermos o risco de um dia ela aparecer lá em casa com um peixe substituto. Mesmo assim, quando lhe contámos, ainda lhe aflorou uma lágrimazita ao canto do olho.
Que descansem em paz (ela e o peixinho). :/

Anónimo disse...

Oh pá, agora deixaste-me assim :'(.
Era só para leres. Foste entupir a caixa de comentários com um disparate destes?
Tá bem que é Natal, mas não estava mesmo nada à espera de uma prenda destas.
Obrigado. :)

Joana Fernandes disse...

Ainda bem que ela não se importou ahahahahah

R* disse...

Ahaha, vá se lá saber se não fizeste um favor à sra :p

Beijinho

Catia Ferreira disse...

Agora compras-lhe um para o Natal xD

Abby disse...

Adoro o teu blog e os teus post, ri muito com este adoro a tua maneira de escrever ahah

Green disse...

Deixa lá, essas coisas acontecem.