Tenho saudades tuas. Tenho saudades de correr contigo. De fazer bonecos de lama e corridas de bicicleta. De explorar tudo à nossa volta.
Porque é que temos de pagar pelas decisões dos outros? Porque é que teve de ser assim? Se fosse hoje, tenho a certeza de que seria diferente, não nos afastaríamos, mas na altura não tivemos outra hipótese.
Sabes o que me custa? Tenho quase a certeza que não te lembras de mim. Que não tens as mesmas recordações que eu, ou se as tens, nunca te lembras delas.
Tenho tantas saudades... Tuas e dela.
Sempre vos vi como irmãos, e de um momento para o outro, tudo acabou. Sem sequer uma despedida. Um único adeus.
Será que algum dia te vou ver novamente? E será que o queres? Provavelmente não, e tenho pena que assim seja. Mesmo muita pena.
Mas continuo com a estúpida esperança de que isso aconteça. Só não sei se algum dia esta esperança se vai tornar em algo real.
Por vezes dou comigo a imaginar como estarás, passados tantos anos.
Queria ter outra oportunidade. Uma nova chance de recuperar, recriar, refazer uma amizade há tanto apagada.
Quem sabe um dia? Quem sabe se não nos encontramos por aí, um dia destes. Espero sinceramente que isso aconteça e, se acontecer, que não vires a cara quando me reconheceres.
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